sexta-feira, 25 de março de 2011



Todos os amantes querem os olhos nos olhos para existerem completos, completamente, e provar Deus no beijo, perdido novelo de mim em ti, sem saber que língua é de quem quando o céu se abre, devagar, devagar, doce, docemente, assim se abrem os lábios lambidos de uma ternura toda, obscena e pura, à procura, novelo, sem saber o que é de quem, até que a fúria passe estreita, corrente lenta, entre os dedos...

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